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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Xenofobia, o medo que violenta



Imagem: Pitacos da Pi



 O texto a seguir foi retirado de: http://wwwnacionalismoxenofobo.blogspot.com.br/

O que é xenofobia?
O próprio nome já diz fobia é um medo persistente, tal transtorno está ligado ao medo de pessoas em relação a outras pessoas a objetos ou ESTRANGEIROS, casos relacionados à xenofobia são de pessoas que sofrem preconceito e repudio em relação a sua nacionalidade ou cor.
As pessoas xenófobas com suas características de medo e preconceito a pessoas diferentes, cometem crimes, partem pra agressão daquela pessoa que ela julga ser “estranha”, impõe limites à mesma.
Os países onde a xenofobia é muito presente são os Estados Unidos e Europa, lá as pessoas têm uma aversão aos estrangeiros e a pessoas de cor e de religiões diferentes, já se tem relatos de mortes decorrentes de tal transtorno.
Tal fobia foi uma das grandes protagonistas para que ocorresse a Segunda Guerra Mundial, pois os alemães queriam varrer da face da terra todos aqueles que eles julgavam não ser arianos (a chamada raça pura, a única digna de estar na terra). No BRASIL ocorre casos ligeiramente disfarçados e isolados onde muitas pessoas sofrem com a discriminação. A cor e a origem das pessoas, sua classe social e até mesmo o comportamento e maneira de se vestir faz com que se crie grupos rivais defendendo suas ideologias.

Cultura Árabe

  

 *Por Giovanna Rosti Vicentine




Para a leitura deste texto é recomendado que se escute a música Tony Mouzayek - habibi ya einy


 




O Festival de Dança Árabe é uma das características que mostram o quanto a cultura mediterrânea está presente na cidade de Barra do Garças. No vídeo acima podemos apreciar a professora de dança Laynnis Hafsa Lina em uma de suas apresentações. Realizado anualmente o festival celebra a cultura trazida por este povo que preserva e destaca sua cultura fielmente.



Imagem: Dança Árabe 

 As dançarinas de Dança do Ventre, usam roupas características que encantam os olhares de quem a assiste.
 É composta por uma série de movimentos vibrações, impacto, ondulações e rotações que envolvem o corpo como um todo. Na atualidade ganhou aspectos sensuais exóticos, sendo excluída de alguns países árabes de atitude conservadora.

Nas ruas de Barra do Garças é muito comum avistarmos mulheres que andam vestidas com o xador ou chador (do persa چادر‎, "tenda") é uma veste feminina que cobre o corpo todo com a exceção do rosto. O termo xador refere-se à veste usada no Irã, e obedece ao hijab, o código de vestimenta do Islã. Sua utilização não é obrigatória na Republica Islâmica. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Xador)



imagem: R7





Que tal este final de semana entrarmos na magia da cultura Árabe e prepararmos um prato tradicional e muito fácil de fazer?  Então aí vai a receita que já caiu há muito tempo no gosto dos brasileiros, o quibe cru:



Receita de Quibe Cru
Imagem: Memórias de um estômago feliz


1 kg de patinho moído
sal e pimenta-do-reino a gosto
2 colheres (sopa) de alfavaca
1 maço de hortelã fresca
1 cebola média
2 limões
3 xícaras (chá) de trigo moído
1 colher (sopa) de azeite de oliva

Modo de Preparo:

Temperar a carne com o sal, a pimenta, a alfavaca, a hortelã, a cebola picada, o suco de limão e passar novamente na máquina de moer. Deixar o trigo de molho na água durante 20 minutos. Espremer com a mão e misturar à carne. Amassar tudo numa tigela com o azeite de oliva e servir enfeitado com folhas de hortelã, algumas rodelas de cebola e cebolinha verde picada.



sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Cultura Hippie

*Por Giovanna Rosti Vicentine

Escrita por Mick Jagger e Keith Richards, "She's a Rainbow" é a música que é sugerida para ouvir lendo o texto!


Mas quem são os Hippies?




Imagem: Imagem: Vietnamartwork
O lance dessa galera era ser contra o "sistema" - a sociedade branca de classe média que pregava o apego aos bens materiais. Baseados nos princípios da não-violência e da cooperação, os hippies mais tradicionais costumavam viver em grupos. O centro do movimento foi a cidade americana de São Francisco, na Califórnia. Por lá, os hippies alugavam casarões antigos, onde moravam até 30 pessoas (se liga na ilustração ao lado). Eles faziam jus ao lema "sexo, drogas e rock’n roll", mas, ao contrário do que se pensa, também trabalhavam e tinham hábitos de higiene normais. A expressão "hippie" deriva da gíria americana "hip", que significa "bacana, antenado" e era usada pelos antecessores dos hippies, os beats ( intelectuais rebeldes dos anos 1950), para indicar coisas legais. Bebendo dessa influência, professores e alunos de universidades da Califórnia fundaram o movimento hippie no começo dos anos 1960. Lutando contra a Guerra do Vietnã (1954-1975) e a convocação obrigatória, seus ideais pacifistas se espalharam pelo mundo ocidental e foram fundamentais no desenvolvimento da chamada contracultura - forma de expressão que combatia os valores do capitalismo. O maior canal do movimento foi a música. Roqueiros como Jimi Hendrix, Janis Joplin e os Beatles aderiram ao "paz e amor" e ao experimentalismo psicodélico nas letras e sons. Com o fim da Guerra do Vietnã, em 1975, o movimento passou por uma desmobilização - afinal, o grande motor da união pacifista acabara. Se as "sociedades alternativas" de São Francisco foram desmontadas, os ideais hippies influenciaram outros grupos que surgiram nos anos 1980 e 1990, como os movimentos ecológicos, de defesa dos direitos indígenas e femininos.





Texto retirado de: Revista Mundo Estranho


Imagem: Vietnamartwork

Andando pelas ruas de Barra do Garças em meio ao trânsito caótico marcado pela forte presença de caminhões, a vida agitada de uma jovem cidade que está em pleno crescimento, encontra-se paz ao se deparar com pessoas iluminadas como Mariana, que, ao ser indagada sobre o movimento hippie diz que ser hippie ou chippie (uma nova vertente do movimento) é apenas um estado de espírito. Em encontro com a natureza, a argentina Mariana, elogia a cidade e mostra encanto pelas pessoas. 






Maurício além do seu sorriso contagiante nos revela que não se importa como é denominado o seu estilo, mas sim, que o importante é a paz consigo mesmo e com os que convivem! Artista de rua, vive dos artesanatos que faz e há um mês o colombiano está em Barra do Garças.







O estilo de vida, a forma de se vestir, de se alimentar, as ideologias ainda é bastante disseminado, mesmo surgindo tantas transformações e ramificações.




Imagem: Hippie Moviment


Eles evitam comidas industrializadas, preferindo frutas, verduras, legumes e sucos naturais. As comunidades rurais plantam o que consomem. O que sobrava era vendido a preço de custo para outros hippies. Inspirado em tal cultura duas receitas abaixo:

Salada fria de Outono


Para fazer a transição do Verão para o Outono, nada melhor que um prato frio quente, como lhe costumo chamar. Não que os ingredientes estejam frios, mas são cozinhados. E poderemos misturar os ingredientes quentes e frescos de Outono, como a romã. Colocar os bagos deliciosos e pequenos numa salada ou em outro prato, dá uma surpresa ao paladar e apela à descoberta de novas formas de criar na cozinha. Mas como já é habitual das nossas receitas, use o que tiver na despensa e transforme os pratos do dia-a-dia em receitas transformadoras.

Boas receitas.

Tempo: 10 min.

Dificuldade: Fácil
Ingredientes:
(PARA 4 PESSOAS)

1/2 embalagem mistura de alfaces
2 mãos cheias de sementes de girassol
1 romã grande
200g de feijão frade
1 punhado de rúcula
1 cenoura
azeite
sal
vinagre balsâmico
sementes de sésamo negro
alho em pó

Preparação:
- Lavar as alfaces e a rúcula.
- Secar e colocar num recipiente para fazer a mistura para a salada.
- Juntar as sementes de girassol e os bagos de romã.
- Ralar grosseiramente a cenoura e envolver tudo.
- Fazer um molho para a salada com os restantes ingredientes.

Imagem: Comida da terra


Suco Verde

Suco de 1 limão (espreme numa xícara e completa com água)
1 colher de chá de gengibre
1 cenoura média
2 fatias de abacaxi
2 folhas de couve
1 xícara de espinafre
Esta quantidade dá para dois copos diários. É só bater e tomar sem coar.


terça-feira, 5 de agosto de 2014

Barra do Garças: uma mato-grossense ou goiana? (Parte 2)

*Por Giovanna Rosti Vicentine


 A música recomendada para se ler essa matéria de hoje é Trem do Pantanal interpretada por Almir Sater.
  


  Atravessando a ponte em direção sul da cidade chegaremos ao estado de Goiás, Aragarças é a cidade que tem a sorte de ser banhada por dois rios, Araguaia e Garças. Os traços goianos são claros. Encontramos tais diversidades em um só lugar, a feira de rua, que acontece todos os sábados dás quatro da tarde ás dez da noite. Conhecida carinhosamente por "feirinha de Aragarças" os moradores da cidade e região buscam os alimentos frescos, os que vêm de longe se encantam pela variedade de cores e sabores que o lugar concentra.  

Imagem: Giovanna Rosti Vicentine


  Tudo encanta pelo fato de ser bem característico, lugar rústico, raro hoje em dia, que, tem tanta riqueza cultural e parece ser intacto em relação ao passar do tempo.
  Comidas típicas, música regional, famílias reunidas, alimentos frescos e coloridos compõe o cenário. 
  "A feira é comunicação, aqui o tempo todo há troca de informações...", a frase é ressoada em meio a tanto barulho e parece ser letra para uma melodia construída pela fusão de crenças, saberes e dizeres!






Imagem: Giovanna Rosti Vicentine


  Depois de fazer as compras, a dica é sempre sentar, comer e conversar.


Imagem: Giovanna Rosti Vicentine


 Para você que ainda não teve oportunidade de conhecer essa riqueza aí vai uma receita que faz grande sucesso na feirinha. A pamonha de sal recheada com linguiça:

 
Imagem: Top Diário

Ingredientes

Serve: 30 

  • 30 espigas de milho verde
  • 4 colhers (sopa) de manteiga
  • Sal a gosto
  • 1 colher (sopa) de tempero desidratado
  • 1 pitada de açúcar
  • 1 kg de linguiça calabresa
  • Folhas de milho e tiras de barbante

Modo de preparo

Preparo:1hora  ›  Cozimento: 40mins  ›  Pronto em:1hora40mins 

  1. Tire os cabelos do milho. Rale as espigas, e com uma faca raspe o sabugo pra apreveitar tudo.
  2. Passe por uma peneira grossa. Junte a manteiga, coloque sal a gosto e o tempero desidratado e o açúcar. Corte a linguiça em rodelas e acrescente à mistura, mexendo bem.
  3. Faça pacotinhos com as palhas de milho, encha com a mistura preparada, feche e amarre com um pedaço de barbante.
  4. Coloque água numa panela bem grande, leve ao fogo alto e espere ferver.
  5. Coloque as pamonhas na panela e cozinhe até a palha ficar amarelada. Deixe esfriar e sirva.

Dica

A pamonha pode ser conservada em geladeira por até dois dias . Esse é seu "prazo de validade".

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Barra do Garças: uma cidade mato-grossense ou goiana? (Parte 1)

Por Giovanna Rosti Vicentine *

Recomendação: leia esse texto escutando a música Beira-mar, composta e interpretada por Zé Ramalho.

Nada mais justo que o primeiro post do blog  seja In Raízes sobre a cidade que conquistou o coração de muitos migrantes e que hoje já se  sentem como filhos e filhas desta terra rica culturalmente.

Muitas dessas pessoas vieram atraídos pelo diploma de nível superior no novo campus da Universidade Federal de Mato Grosso,  localizado na cidade. Barra do Garças, como o próprio nome já diz fica na “barra” do rio Garças, que tem seu encontro com o rio Araguaia na própria cidade. Uma única ponte é o que separa Barra do Garças do Estado de Goiás; por isso tão forte influência goiana.  



As características de cidade interiorana mostram algo perceptível até ao olhar mais desatento. A recepção calorosa, a prosa de quem sempre tem uma história para contar da cidade, e o cafezinho pronto para ser coado quando a visita de longe chegar para conhecer os rios que cortam a cidade, as onze cachoeiras, as águas termais que brotam desse solo sagrado, que, estampa sua fé em uma das serras mais altas da cidade: o Cristo, de braços abertos, ilumina e abençoa quem por ali passa.   



A cidade que os forasteiros escolheram para ser sua segunda casa gera dúvida quando se trata do Estado a que pertence. Eles dizem que são  “ registrados em cartório” como mato-grossenses, mas seu  coração é totalmente goiano: nas músicas, na culinária, na vestimenta e até mesmo no horário; sim, Barra não segue o fuso horário mato-grossense, mas sim o horário de Brasília. Assim como Goiás.

Apesar do crescimento rápido que a cidade vem apresentando nos últimos anos, a vida noturna agitada pelos turistas que lotam a cidade na temporada em que rios baixam formando praias e o grande número de jovens universitários, a pacatez da cidade parece resistir e agradar. O jeito sertanejo de levar a vida é cultivado pelos mais velhos e semeado para que os jovens continuem seguindo tais costumes, que representam tão bem esse cantinho do Brasil.
  

Quem vem aqui pela primeira vez pode ser convidada para almoçar na casa de uma família tradicional em Barra do Garças e o prato que será  servido provavelmente é o "frango com pequi", muito tradicional da região, marca registrada da cozinha mato-grossense/goiana. E aí vai a receita: 
Imagem e receita: Cozinha da Matilde

Frango caipira com pequi 

Ingredientes

  • 1 frango caipira
  • 1 cebola (cubos mínimos)
  • 1 colheres (sopa) de óleo
  • 4 dentes de alho (cubos mínimos)
  • + ou – 15 caroços de pequi pré cozidos em água por aprox. 20 minutos (reserve a água do cozimento).
  • 8 tomates bem maduros partidos em 4
  • 5 pimentas bode
  • Salsinha picadinha (separe os talos picadinhos também)
  • Sal a gosto.


 Modo de fazer

Sue a cebola no óleo com uma colher (sobremesa) de sal. Acrescente duas pimentas bode partidas ao meio e os talos da salsinha. Junte o alho.

Junte os pedaços de frango até que dourem. Quando começarem a grudar na panela, acrescente dois copos de água e com o auxílio de uma colher limpe o fundo da panela, roubando toda a cor que se acumulou ali para a carne do frango. Deixe reduzir o líquido e quando a carne estiver grudando novamente acrescente mais 2 copos de água e assim sucessivamente. Repita este processo 6 vezes.

Provavelmente neste momento o frango já pegou uma cor incrível e de quebra todo o sabor dos aromáticos.

Hora de tomates e pequis irem para a panela. Refogue bem e então acrescente a água do cozimento do pequi até um pouco mais da metade da panela (se for necessário complete com água pura). Junte as pimentas restantes, tampe a panela e deixe cozinhar por aproximadamente 30 minutos.

O resultado deve ser um caldo grosso, marrom avermelhado… se for necessário destampe a panela e deixe reduzir o caldo mais um pouco. Ajuste o sal.

Polvilhe com a salsinha picada, sirva com angu, saladinha de alface e arroz branco…  e se for do seu agrado também vai bem acompanhado por um refogadinho de guariroba ou quiabo.


As festas culturais tão bem organizadas, as crenças, os costumes que marcam forte presença no modo de viver dos nativos enche os olhos de quem visita. O dialeto e o sotaque tão característico que funde diversas culturas e línguas, tudo relacionado com cultura por aqui encanta muito. A frase sempre proferida tem grande fundo de verdade: “Quem bebe da água do rio Araguaia nunca mais se esquece dessa terra!”.


Giovanna Rosti Vicentine é uma "Foca do Araguaia", aluna do 3º semestre de Jornalismo da UFMT Araguaia. Criou o blog In Raízes, na disciplina Webjornalismo, para escrever sobre culturas regionais.